As obras de revitalização e duplicação em um dos trechos da Estrada da Ribeira (BR-476), em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), paralisadas desde novembro do ano passado, devem ficar prontas somente no ano que vem. Isso porque a empreiteira Viaplan, que ganhou a licitação para o lote de três quilômetros entre o Trevo da Penha e o Terminal do Alto Maracanã, desistiu da obra.
O Estado já tinha noticiado em abril último que a demora na conclusão do trecho – com deficiência na sinalização, má iluminação e ausência de locais para travessia segura da via – cria diversos transtornos para a comunidade que mora na região.
Na época da reportagem, a Viaplan já enfrentava problemas com serviços que deveriam ter sido feitos por Copel e Sanepar para que a construtora continuasse com as obras. A Viaplan iniciou o projeto em meados de 2006 e o contrato previa 300 dias para conclusão.
De acordo com o presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Alcidino Bittencourt Pereira, o órgão estadual havia orçado inicialmente o trecho em R$ 12 milhões, mas a Viaplan ganhou a licitação com uma proposta de R$ 9,7 milhões. ?A empresa não agüentou fazer por esse preço?, disse o presidente.
A revitalização, a cargo da Comec, acontece num trecho de cerca de sete quilômetros, dividido em dois lotes de obras. Em um deles (lote 2), que começa depois do Terminal do Alto Maracanã até o Terminal do Guaraituba, o trabalho continua, apesar de lento.
Esse lote – orçado em R$ 7,7 milhões – está a cargo da Construtora Pussoli, que segundo Pereira, aceitou realizar as obras no lote paralisado pelo valor da licitação. Mas as obras só deve começar depois que o lote 2 estiver pronto.
Caminhões parados
Alguns caminhoneiros que trabalham como terceirizados para a Pussoli afirmam que a lentidão na conclusão do lote 2 se deve à falta de pagamentos para quem presta serviços para a construtora. Um deles, que pediu para não ser identificado, revela que os pagamentos do mês de março e abril estão atrasados. ?Claro que desse jeito atrasa a obra?, afirmou.
De acordo com os caminhoneiros, a empresa alega que os pagamentos da Comec estão atrasados. Porém, Alcidino Pereira garante que o dinheiro está em caixa e sendo repassado corretamente. A reportagem de O Estado entrou em contato com a Construtora Pussoli, mas ninguém quis dar entrevista.