| Foto: Aliocha Mauricio |
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| Homem anda em local que desmoronou matando operário. |
Parte do Programa de Integração do Transporte (PIT), da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), as obras de revitalização da Estrada da Ribeira (BR-476), em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), estão atrasadas e continuam a causar transtorno aos moradores da região.
Na última quarta-feira, um operário morreu quando trabalhava na construção de uma galeria de águas pluviais que desmoronou em frente ao Colombo Park Shopping. A obra era realizada no lote 2 da revitalização, que vai do terminal do Alto Maracanã ao Guaraituba.
No local do acidente, a travessia dos pedestres pela rodovia exige muita paciência. ?Faz dez minutos que eu estou aqui e até agora não consegui atravessar com as crianças?, disse a dona de casa Neusa Neonelo. Segundo ela, o momento de maior dificuldade dos moradores é na saída da escola, que fica próxima ao local, quando muitos pais vão buscar os filhos. ?Até agora a gente não ouviu falar nada de passarela ou coisa parecida por aqui?, explicou.
De acordo com Amilton Rosner, que mora próximo ao local onde houve o desmoronamento, a obra é ?caso de polícia?. ?Essa demora só está prejudicando a gente aqui. Quando ficar pronta, vai ser bom, mas agora é um transtorno. Quando chove, inunda tudo. Você vai ver, essa obra só vai ficar pronta perto da eleição?, prevê ela.
Problemas
Previstas no PIT desde 2005, as obras na Ribeira já tiveram até desistência de empreiteira. No começo deste ano, a Viaplan desistiu do lote 1 da obra, que vai do Trevo do Atuba até o terminal do Alto Maracanã. Em seu lugar, assumiu a Construtora Pussoli, que já é a encarregada pelo lote 2. Em junho, alguns trabalhadores afirmaram a O Estado que as obras estariam atrasadas por falta de pagamento por parte da empresa.
Situação atual
Percorrendo parte da estrada, encontram-se poucos funcionários e máquinas operando nas obras de revitalização. Segundo um dos trabalhadores, que não quis se identificar, a obra está em ritmo lento e só deve ficar pronta em cinco meses. Questionado se estaria recebendo os salários em dia, ele afirmou que estava ?proibido de comentar esse assunto?.
Procurada para se posicionar sobre o acidente e o prazo para a conclusão das obras na Estrada da Ribeira, a Comec disse que o responsável estava em viagem e divulgou uma nota afirmando que a construtora ?tem apresentado todos os requisitos necessários para o andamento das obras?.
Já a Pussoli afirmou que o encarregado da obra estava ausente e só poderia falar sobre o assunto durante a semana.