A construção de escadas na praia central de Matinhos e na praia brava de Caiobá, para contenção de ressaca, começou somente neste mês, embora as verbas já tivessem sido liberadas em julho. Segundo o vice-prefeito de Matinhos, José Maria de Paula Correa, as obras demoraram para iniciar devido a burocracias para que órgãos federais aprovassem o projeto. De acordo com o José Maria, esta obra é uma medida paleativa, e não definitiva, que custou R$ 1,1 milhão. “Se fosse uma obra definitiva custaria vinte vezes mais”, conta o vice. Ele acredita que as obras deverão ficar prontas na primeira quinzena de janeiro de 2003.
Segundo o presidente da Associação Comercial de Matinhos, Wilson Ostapechem, foi a Associação quem conseguiu a verba junto ao governo, mas não participaram das últimas decisões e nem das alterações feitas no projeto. De acordo com ele, foram realizadas várias reuniões entre a Associação e o prefeito pedindo para que as obras não começassem na temporada. “Se tivessem começado logo que o dinheiro foi depositado, no dia 5 de julho de 2002, as obras já estariam prontas”, reclama o presidente.
As obras estão sendo feitas entre o Pico de Matinhos até próximo ao Sesc. Segundo Wilson, elas estão gerando reclamações de moradores e comerciantes, por serem executadas em pelno início de temporada. “Não temos praia central, ela está toda revirada. Não dá nem para andar”, lamenta Ostapechem. O dono do Hotel Casarão, Nílson Vedolin, diz que as obras estão prejudicando o movimento do estabelecimento. “Aqui está um caos, cheio de máquinas por todos os lados, mas é um mal necessário”, enfatiza.
Mário Costa, diretor de comunicação da Associação, acha muito ruim a realização de obras nesta época do ano. Para ele, as escadas ajudarão a diminuir os estragos, mas não resolverá o problema.
