Comerciantes e usuários da Rodoferroviária de Curitiba estão na bronca com a demora nas obras de revitalização do local, que ocorre há mais de um ano. A intervenção faz parte do PAC da Copa e prevê praça de alimentação climatizada, restaurante, novos estacionamentos, salas de espera climatizadas, adequação do sistema viário do entorno, elevadores, escadas rolantes e nova passarela com plataforma elevatória para uso de pessoas com deficiência.
Apesar das mudanças previstas com a reforma, quem trabalha no local ou usa os ônibus semanalmente reclama dos transtornos gerados pela revitalização. Uma comerciante, que preferiu não se identificar, é proprietária da banca de revista dentro da estrutura da rodoferroviária. Ela conta que o prejuízo gerado pela obra é grande. “Posso dizer tranquilamente que meu movimento caiu cerca de 60%. Minha banca ficou escondida aqui do lado de fora e quase não vendo nada. Está horrível. E não sabemos quando vamos voltar ou se vamos voltar”, reclama.
O técnico em sistemas de informação Rodrigo Teixeira segue para São Paulo de ônibus a cada 15 dias para fazer curso de mestrado. Ele conta que toda vez que vai comprar passagens se depara com longas filas e falta de estrutura. “Quando chove, ficamos molhados porque a cobertura dos guichês é insuficiente. O número de guichês é ridículo. Em feriados isso aqui vira uma loucura. No início de semana, quando as pessoas viajam a trabalho, também fica lotado. É complicado. A gente entende que vai melhorar, mas já passou um ano. Já está na hora de voltar a funcionar normalmente”, diz Teixeira.
Fim do ano
Segundo a Secretaria Municipal de Obras (SMOB), as reformas de revitalização da rodoferroviária ficarão prontas no final deste ano. O órgão também informou que 36% da obra já foi executada. O processo de revitalização do local teve início no final de junho do ano passado e na época, o prazo estipulado pela prefeitura para o a entrega das obras era de 14 meses – ou seja, para o final do mês de agosto.