As intervenções feitas para a construção da Linha Verde, em Curitiba, estão trazendo problemas para moradores da Rua Plácito de Castro, no Guabirotuba. Eles reclamam do descaso da prefeitura de Curitiba com relação à destruição de suas calçadas para abrigar as máquinas durante a obra. Em fevereiro deste ano, mês que aconteceu a intervenção, em toda a extensão da via as calçadas foram substituídas por cascalho.
Para Lorena Dolviak, que mora há mais de 30 anos no bairro, o que está acontecendo no local é descaso da administração municipal e da empreiteira responsável pelas obras. “Desde o Carnaval estamos correndo atrás dos nossos direitos, mas não temos nenhuma resposta da prefeitura”, reclama a moradora.
Outro problema do local acontece nos horários de maior movimento, quando diversos carros param nos dois lados da rua para esperar as crianças que saem de um colégio próximo da região.
“Nos horários em que as crianças saem da escola, a rua fica um caos. Os veículos causam um grande tumulto a espera dos alunos. Como a rua é uma descida, muitos veículos passam em alta velocidade. Já presenciei vários acidentes”, continua.
Incômodo
Por conta do tráfego de grandes máquinas durante as obras, algumas casas da rua sofreram com a trepidação. “Como máquinas pesadas transitavam na rua durante as obras da Linha Verde, minha casa e de outros vizinhos começaram a apresentar diversas rachaduras e problemas de estrutura”, conta a moradora.
O construtor Luiz Carlos Pepplow também está tendo prejuízos com as conseqüências da obra no local. “Quando estava com todo o calçamento e a jardinagem pronta no meu condomínio, a Prefeitura destruiu e colocou essas pedras. Todo o meu investimento foi jogado fora”, reclama.
Para João Batista, que esperava pelo seu filho no local, todas as mudanças feitas para a construção da Linha Verde atrapalham, mas são necessárias para que no futuro a cidade fique melhor.
“A situação na rua realmente está complicada. Faltam calçadas e sinalização. Muitas crianças andam na rua. Mas acredito que a cidade ficará melhor quando todas as obras acabarem”, aposta o empresário.
De acordo com a prefeitura de Curitiba, dentro de um mês as obras de reforma do local serão iniciadas. A passarela que atravessa a antiga BR-116 e liga o colégio à rua também será reconstruída por não estar dentro das especificações de acessibilidade. A prefeitura garante que, quando a nova passarela for construída, todas as calçadas e o paisagismo da rua serão restaurados.