Os curitibanos vão demorar pra ver sair do papel as principais obras previstas no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade, anunciadas em outubro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. Na época foram divulgadas modificações na capacidade de atendimento da linha Inter II, a conclusão da Linha Verde, a ampliação dos corredores exclusivos de transporte (BRTs) e os recursos para o metrô. Todos os projetos das intervenções previstos no pacote ainda aguardam liberação de verba por parte do governo federal ou nem foram licitadas.

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Uma das sobras que ainda não tiveram o processo de licitação iniciado é o da conclusão da Linha Verde Norte. Segundo o a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP), a parte entre o Jardim Botânico e o viaduto da Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã já está praticamente concluído e ainda falta concluir o alargamento do viaduto sobre a Avenida Affonso Camargo, que deve ocorrer até o fim de maio. No entanto, ainda de acordo com a pasta, o trecho entre o viaduto da Victor Ferreira do Amaral e o Atuba ainda não foi licitado. Outro trecho da Linha Verde que também não foi licitado é o do Pinheirinho até o Contorno Sul.

O metrô é outra obra que ainda aguarda ser licitada. Anunciada a um custo estimado de R$ 4,6 bilhões, sendo que, deste total, R$ 1,8 bilhão virá do governo federal e R$ 1,4 bilhão será dos governos estadual e municipal, e o restante do investimento da iniciativa privada, a grande obra do PAC da Mobilidade em Curitiba está em fase de elaboração do edital de licitação.

Segundo Sérgio Pires, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), órgão responsável pelos projetos das obras, até o mês de abril o edital será publicado. “Acreditamos que no segundo semestre o processo de licitação já esteja em andamento, mas acho difícil que ainda neste ano se comece alguma obra do metrô na nossa capital”, diz.

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Aguardando verba

As intervenções previstas no aumento de capacidade dos BRTs e da linha Inter II ainda aguardam recursos. Segundo a SMOP, esses projetos já foram detalhados e encaminhados para o governo federal e aguardam a liberação de recursos.

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Para Pires, tanto os BRTs quanto a reestruturação da Linha Inter II são obras que abrangem um amplitude maior na execução já que apresentam, além da implantação de faixas exclusiva e ampliação das canaletas, outras intervenções como ampliação e realocação de estações-tubo; alterações geométricas em cruzamentos saturados e construção de trincheiras, além da melhoria das calçadas e passagens em nível para acesso aos terminais e estações tubo.

“São obras nos mesmos moldes que as que estão ocorrendo no entorno da Arena da Baixada. Com várias modificações nas estruturas de calçadas, iluminação, mais via adjacente, além de outras. Por isso exigem mais tempo para elaboração do projeto executivo e a própria execução da obra. Mas não haverá atraso em nenhuma das obras do PAC. Se analisarmos, o plano foi anunciado em outubro do ano passado e pelo pouco tempo já avançamos muito”, conclui Pires.