As obras de construção civil feitas pela Prefeitura de Curitiba, de janeiro de 2006 a outubro de 2007, ajudaram a criar 6.300 empregos diretos e indiretos e a gerar uma renda de R$ 54,3 milhões na cidade. É o que mostra o estudo "Impactos Socioeconômicos dos Investimentos em Obras da Administração Municipal" feito pelos pesquisadores Jedson César de Oliveira e Joseli Zonta, da Estação/Ibmec Business School, uma das mais bem conceituadas escolas de negócios do país.
Para o prefeito Beto Richa, o resultado do estudo mostra a importância da participação do setor público na dinamização da economia do município, que ao fazer investimentos em obras provoca um efeito multiplicador que proporciona mais emprego e renda para a população. "Vemos este estudo como uma importante ferramenta de avaliação dos resultados das políticas públicas. Assim podemos mantê-las alinhadas com as necessidades da população", diz Richa.
Dos novos postos de trabalho, 2.090 são empregos diretos, gerados no final da cadeia da construção, pelas empresas de autoconstrução e autogestão, construtoras, incorporadoras e imobiliárias. O número de empregos indiretos, criados nos setores da extração (madeira, minerais metálicos e não-metálicos), na indústria de materiais de construção e no setor de comércio e serviços, chegou a 985 postos. Os chamados "efeito renda", empregos que surgem a partir da transformação da renda dos trabalhadores (salários) e empresários (lucro) em consumo, somaram 3.218. Na Linha Verde, novo corredor de transporte da cidade, que está sendo construído na antiga BR 166, são 2.300 empregos.
Os investimentos feitos pela administração municipal vêm contribuindo para aumentar o número de contratações no setor da construção civil. De janeiro a setembro deste ano, a média mensal de admissões foi de 2.095 trabalhadores, 20% a mais do que a registrada em 2006. Estima-se que os investimentos feitos pela gestão Beto Richa foram responsáveis por 4% dos empregos oferecidos pela construção civil no ano passado e por 6,5%, em 2007.
Para determinar os impactos dos investimentos municipais em obras em relação à geração de empregos, os pesquisadores usaram como base o estudo Modelo de Geração de Empregos (MGE), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estima o número de pessoas necessárias para atender a um aumento na produção de determinado setor.