A obra de canalização de um afluente do Rio Belém, na Rua Benedito Correia de Freitas, no Abranches, está causando polêmica e discussões entre moradores. Enquanto alguns defendem a necessidade da obra por questões de saúde, outros lamentam o crime ambiental cometido. A prefeitura suspendeu as obras até que reavalie o projeto, mas assegura ter a licença ambiental para a canalização.

continua após a publicidade

A arquiteta e urbanista Carmem Leal foi uma das primeiras a denunciar a canalização, que teve início quarta-feira, segundo ela, por causa de crimes ambientais. “Eles arrancaram árvores, colocaram as manilhas, destruindo tudo. É por isso que comecei a campanha “Quero meu rio de volta”. Fico emocionada quando penso no casal de aves que tinha há décadas aqui. Para onde vão?”, questiona Carmem.

Saúde

Porém, outros moradores da região defendem a canalização. De acordo com o engenheiro Paulo Haro, a obra é reivindicação antiga. “Isso aqui é uma questão de saúde. Não queremos conviver com ratos, baratas e a dengue, numa época desta, é uma preocupação. Estão brincando com a saúde pública”, explica o engenheiro, que teme também pela segurança das crianças que frequentam a Escola Vicentina, que faz divisa com parte do afluente coberto de mato.

continua após a publicidade

Na mesma rua, na esquina com a Aldo Pinheiro, o Ministério Público embargou a construção de condomínio, sob a justificativa que a obra está em área de preservação permanente e a empresa não tem autorização para construir à margem do rio. A obra, pela prefeitura é no mesmo afluente e, segundo a empreiteira que trabalhava no local, a canalização era para evitar o alagamento de casas no condomínio embargado.

Veja na galeria de fotos a polêmica.

continua após a publicidade