A construção da unidade de saúde 24 horas no bairro Pinheirinho, em Curitiba, está parada desde o ano passado. A obra, que possui 1.102 metros quadrados de área construída, teve apenas 46% do projeto concluído. Hoje o local está cercado de mato e teve as paredes pichadas por vândalos.
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a obra – que é financiada com recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano, do governo do Estado – foi interrupida pela falta de pagamento. Isso aconteceu porque no início do governo estadual foi decretada uma moratória e todos os repasses de verbas foram suspensos por um período de seis meses. Com isso, explica a Prefeitura, a empreiteira responsável pela construção desistiu do projeto.
Para tentar resolver o problema, a Procuradoria do município está providenciando uma rescisão amigável com a empresa, devendo realizar uma nova licitação para concluir a obra. A estimativa é que em dois meses os trabalhos sejam retomados. A unidade de saúde, quando concluída, deverá atender uma população estimada de 250 mil pessoas.
Mas enquanto o impasse não se resolve, a população critica a situação. O motorista Valdomiro dos Santos avalia que tudo não passa de uma briga política, “mas quem sofre é o povo que precisa do atendimento”. O catador Sidiney Antônio Grahl também reclama da demora na conclusão da unidade, e diz que quando precisa de atendimento de saúde precisa ir até o Sítio Cercado.
A dona de casa Emília Dutra Rodrigues falou que a unidade iria beneficiar a população do bairro, que não possui um atendimento 24 horas. “Quando alguém precisa de atendimento à noite, tem que ir para o Boqueirão, que é longe daqui”, lamentou. A mesma opinião tem a agricultora Maria Angélica Camargo, que acrescenta que a distância dificulta para quem depende de um atendimento público de saúde.
