Após conhecer os polêmicos contêineres a serem implantados no Educandário São Francisco, em Piraquara, a Comissão de Direitos Humanos da seção Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) solicitou a homologação dos mesmos pelos órgãos pertinentes. Segundo o diretor da BrasilSat – empresa responsável pelas estruturas -, José Luiz Borges, até agora só houve contato com a Secretaria de Estado da Segurança. No entanto, as "celas" improvisadas já estarão em uso dentro de 20 dias.
"Vai resolver um problema que vocês (Estado) têm, mas precisa da homologação por parte da Vigilância Sanitária do Estado e de órgãos técnicos nacionais como o Inmetro", afirma o advogado Cleverson Teixeira, presidente da comissão.
À base de concreto e ferro, os dois primeiros blocos a serem implantados têm oito e quatro lugares. O maior deles mede, de base, três por seis metros. A porta é de ferro e tem apenas uma pequena abertura. As camas também são de concreto, assim como as duas pias. Sobre o vaso sanitário, no mesmo espaço, está o chuveiro.
"A condição térmica é muito semelhante à construção convencional", explica Borges. As unidades serão locadas pelo Estado.
Telma Alves, diretora presidente do Instituto de Ação Social do Paraná (Iasp), acompanhou a visita e informou que em no máximo 20 dias os "contêineres" estarão no educandário. "Só estamos aguardando a aprovação da Secretaria da Segurança. Faltam apenas algumas adaptações, como um espaço maior nas portas", afirma.
Os representantes da OAB-PR afirmam que, se for em caráter emergencial, pode-se esperar a implantação para ver os resultados. Porém, dizem pensar na estrutura apenas como um local para dormir. A equipe de Vigilância Sanitária do Estado também viu ontem pela primeira vez as estruturas. "Não estamos olhando apenas o espaço e circulação de ar. Provavelmente viremos fazer uma avaliação mais criteriosa", afirma Maria Aparecida Paleari, técnica da vigilância e assistente social.
