Em 12 novembro de 1995, O Estado lançou o primeiro caderno de informática do Paraná. Um suplemento de 12 páginas publicado semanalmente, aos domingos, trazia as principais novidades do setor, que vinha crescendo vertiginosamente no Brasil.
Na capa daquela edição, o jornal apresentava seu mais novo e inovador caderno. ?O leitor de O Estado ganha, a partir de hoje, mais uma novidade. É o caderno Informática, que será publicado todos os domingos?. Idealizado e editado pelo jornalista Mário Milani, o caderno trazia informações sobre inovações tecnológicas, hardwares, softwares, internet e games, além de trazer artigos de especialistas e indicação de produtos de informática.
?Era um caderno completo, não devia nada para os suplementos do Estadão e da Folha de S. Paulo?, conta Milani, que entrou no jornal como revisor, mas já com a idéia de criar um caderno de informática e, ao ganhar a confiança da direção da empresa, propôs o projeto pioneiro.
Na manchete do caderno, a previsão do homem do futuro, aquele que teria sua vida em um notebook, prevendo o estouro dos computadores portáteis, que acabavam de chegar ao mercado brasileiro. O ?inovador? Windows 95 (que tornava o uso do computador mais fácil e eficiente, e já vinha preparado para a internet), os games em CD-Room e os primeiros passos da internet eram outros destaques do caderno. Na época em que um computador top de linha era um 486 com 8 MB de memória, um programa que fazia revisões ortográficas nos textos do Microsoft Word era o produto mais vendido nas lojas de informática.
A preocupação com a exploração da pornografia pela rede mundial de computadores também ganhou espaço no primeiro caderno de informática do jornalismo impresso paranaense. ?Acompanhamos toda a evolução da informática, numa época em que ninguém falava em internet?, recorda Milani. Hoje, O Estado conta com uma página semanal de tecnologia, publicada nas quartas-feiras.