Sobre futebol, sei duas coisas: quando um time joga bem e quando joga mal. Sobre a atuação de um juíz, sei outras duas coisas: quando ele é ladrão e quando ele é burro. Se um juiz é bom, sem comentários: nesse caso, o torcedor nem nota a presença do coitado em campo.
Se o Kim é ladrão, depende, isso só o Ricardo Teixeira pode afirmar.
Assim sendo, tenho apenas certeza de que esse coreano não é burro.
No dia seguinte, ele até que se explicou bem coerentemente:
– Cumpri meu dever de forma justa e imparcial. Os jogadores brasileiros teriam o mesmo tratamento se tivesem feito a mesma coisa – se defendeu Kim.
Sobre o pênalti que até parte da torcida brasileira considera um legítimo pênalti marcado pelo juiz Lalau, o árbitro afirmou que Ozalan foi expulso por ter derrubado Luizão, quando este estava prestes a marcar o gol. E nestes casos, prosseguiu, a regra determina a aplicação do cartão vermelho.
Nada mais, nada menos, dez centímetros a mais, dez a menos, o fato é que o Luizão tombou na zona do agrião, onde a onça bebe água.
Grande juiz, esse Kim Young-Joo! Só não é o melhor juiz da Copa porque expulsou o beque turco, que não merecia tal desdita. Ele apenas cumpriu o sagrado dever de puxar a camisa do adversário que já ia entrando com bola e tudo.
Mereciam ser expulsos, isso sim, todos os beques brasileiros: mais pareciam três beques turcos de amarelo.
CHARME CURITIBANO
Curitiba pode até não ser uma cidade de primeiro mundo, mas que ela tem seus cantinhos escondidos e cheios de charme, isso tem. A cafeteria e revistaria Curitibana, por exemplo: incrustada num jardinete abaixo do nível da avenida Manoel Ribas, 800, exatamente no lado oposto de onde nasce a alameda Prudente de Morais, virou endereço de estimação das Mercês.
Mesmo agora, com a Copa matinal e esse sol ameno de inverno, é ponto de encontro para os jornais do dia, o café expresso e um bom punhado de técnicas e técnicos da seleção brasileira. A foto é do Dr. Carlos Alberto da Veiga Mercer.
Até sexta-feira e que mais um juiz nos proteja!