O motivo de toda essa sujeira é um trecho de terra batida da Rua Ângelo Bresegnello, que fica exatamente atrás do condomínio onde Seu Pedro vive. São cerca de 400 metros de rua sem asfalto e a condição da pista faz com que o pó, em épocas sem chuva e de dias secos, levante e invada os seis prédios que ficam de frente para a rua.
“É uma situação complicada. Neste último inverno, quando ficamos praticamente um mês sem chuvas, foi um horror. Limpávamos a casa quase que diariamente e a faxina não vencia. Era pó pra tudo que é lado e por todos os cantos. Um horror”, conta Seu Pedro.
Além da sujeira, muitos moradores do condomínio reclamam que a poeira gera frequentes problemas respiratórios em crianças e idosos. “Aqui temos muitas crianças e a gente sabe que os pequenos sofrem com esse pó. Principalmente no inverno, quando o tempo é mais seco. Minha mulher e minha família sofrem de problemas respiratórios e, pra elas, viver aqui é um sacrifício”, relata.
O porteiro do condomínio, Rafael de Meira, que trabalha no local há mais de um ano, afirma que a reclamação é constante por parte dos moradores. “Não tem dia aqui na portaria que um morador não reclame da poeira. Todo o dia é o pessoal reclamado do pó. E tem mais é que reclamar mesmo. Se trabalhar aqui já é difícil por causa da poeira, imagine morar e ter que limpar uma casa todo o dia”, diz.
Sem previsão de obras
Segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas, a Rua Ângelo Bresegnello ainda pertence a uma construtora, dona do terreno que fica no lado oposto da via. De acordo com o órgão, o processo de doação do pedaço do terreno correspondente à rua para a prefeitura está em andamento no âmbito jurídico. Por esse motivo ainda não é possível realizar obras de urbanização no local, já que se trata de uma propriedade privada.
Marco Andre Lima |
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Família de Pedro sofre de problemas respiratórios. |