Estudo da Prefeitura de Curitiba mostra que o número de mulheres jovens está diminuindo e o de idosas ganhando espaço. A presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Marina Taniguchi, responsável por diversos programas assistências, afirmou ontem, durante a 1.ª Conferencia Municipal da Saúde da Mulher, que existe a previsão de que em 2020 estes dois números estejam muito parecidos. Daí a necessidade de se discutir e se preparar para ampliar os serviços de saúde para esta população.
A diretora do Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Karin Regina Luhm, explica que a natalidade está diminuindo porque agora a mulher pode escolher quando e quantos filhos quer ter. Embora nasçam mais pessoas do sexo masculino, quando eles chegam aos quinze anos de idade, já houve a inversão entre os sexos. Quando a velhice chega a diferença fica mais acentuada. A partir dos 50 anos de idade, 57% da população é de idosas e na faixa acima de 70 anos o índice sobe para 62%.
Karin relata que os homens estão mais sujeitos aos fatores de risco. Na infância, por questões genéticas, sofrem mais com as doenças e quando crescem se envolvem em situações perigosas. Os números confirmam, dos homicídios na capital só 11% são de mulheres e no trânsito só 20% das mortes ocorrem com elas. Além disto eles consomem mais álcool e cigarro, o que provoca doenças no sistema circulatório.
Para a epidemiologista o encontro é um momento de discussão com a comunidade sobre a realidade dos programas de saúde e os caminhos para continuar. A prevenção também ganhou destaque nos debates. Ela avalia que até agora muita coisa boa já foi conquistada como a redução da mortalidade infantil, do número de óbitos de mulheres por câncer de útero e o controle de diabetes e hipertensão.
O encontro reuniu ontem cerca de quatrocentas pessoas entre usuários, prestadoras de serviço e gestores do Sistema Único de saúde. Vários assuntos ligados a saúde da mulher foram levantados. Entre eles o envelhecimento saudável, qualidade de vida da mulher, direitos reprodutivos e saúde da mulher trabalhadora. O encontro termina hoje e foi realizado no Canal da Música