O número de consultas médicas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 Horas de Curitiba aumentou 41,57% em julho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em 2012, foram realizadas no mês de julho 72.013 consultas médicas nas oito UPAs de Curitiba. Este ano, o número subiu para 101.956, o que representa quase 30 mil consultas médicas a mais. Esses dados refletem um aumento que vem sendo sentido desde o início do ano pelas equipes das UPAs da cidade.

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Nas 109 unidades básicas de saúde de Curitiba, o número de atendimentos teve um acréscimo de 14,86% no mesmo período. Na rede básica, foram registrados 323.143 atendimentos em consultas médicas, de enfermagem e procedimentos odontológicos em julho de 2013, enquanto que no mesmo período de 2012 foram 281.317 atendimentos. Considerando apenas as consultas médicas, o aumento foi de 9,67% na rede básica, com 175.972 consultas em julho de 2013.

O secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, ressalta que a maioria dos atendimentos realizados nos serviços de urgência e emergência poderia ser resolvida na rede básica e nos serviços de saúde da Região Metropolitana. “Em algumas UPAs, como a do Boa Vista, em determinados dias, o número de pacientes dos municípios vizinhos é maior do que o de pacientes de Curitiba. Não vamos deixar de atender estas pessoas, mas o ideal seria que elas recebessem atendimento perto de suas casas. Isso sobrecarrega o sistema em Curitiba e prejudica o atendimento à população em geral”, salientou.

Reestruturação

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Para fazer frente a esse aumento e melhorar o atendimento à saúde para a população, a Prefeitura de Curitiba está adotando diversas medidas. O número de médicos para fazer atendimento nas oito UPAs aumentou em 47,84% no período, passando de 510 em julho de 2012 para 754 em julho de 2013.

A rede básica saúde está passando por uma grande reestruturação, com a ampliação do número de equipes de Saúde da Família. Desde abril, já são 229 equipes que prestam assistência a 47% da população curitibana. O objetivo é de que, até 2016, sejam 500 equipes para atender toda a população. “Não existe sistema de saúde que se organize no mundo sem uma boa estrutura de atenção primária, com resolutividade e uma equipe qualificada”, comenta Adriano Massuda.

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Além disso, o Ministério da Saúde irá custear a ampliação do horário das unidades básicas até as 22 horas. O aumento da oferta de consultas nas unidades básicas de saúde se deve, também, à ampliação do horário em nove unidades. “A ampliação do horário nas unidades básicas garantiu que esses pacientes pudessem ter seus problemas resolvidos sem precisar recorrer às UPAs”, comentou o secretário.

Investimentos

A rede de urgência e emergência também recebeu novos investimentos do Ministério da Saúde para melhorar a qualidade do atendimento aos usuários. O Ministério já iniciou o procedimento do convênio de R$ 30 milhões para a construção do Hospital da Zona Norte, no bairro Santa Cândida. O governo do Paraná se comprometeu a repassar outros R$ 30 milhões.

O Ministério esta repassando R$ 3,2 milhões mensais para custeio do Serviço de Atendimento de Urgência (SAMU), Central de Regulação do SAMU, para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Central de Leitos.

A ampliação da rede de urgência e emergência de Curitiba prevê a construção de mais duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 Horas, uma na região central de Curitiba, junto ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, e outra na região Sul, no bairro Tatuquara.

Já a rede de saúde mental receberá R$ 4,5 milhões para a construção de três Centros de Atenção Psicossocial (Caps) 24 horas (dois no Boa Vista e um no Pinheirinho), cinco residências terapêuticas e duas casas de acolhimento.