Número de acidentes no feriado aumentou 18%

Imprudência, descuido, falta de manutenção do veículo ou má conservação das estradas. O motivo é desconhecido, mas o que se sabe é que o número de acidentes registrados nas rodovias paranaenses no feriado de Finados deste ano apresenta números assustadores. De acordo com o balanço final apresentado ontem, pelas polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF), ocorreram 315 acidentes com veículos entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. A quantidade de feridos também deu um salto, passando dos 211 registrados em 2003, para 270 neste ano – crescimento de 28%. No entanto, o que mais impressiona é o número de mortes no feriado de Finados, que aumentou 120%. Os registros subiram de 12 para 26 casos, conforme o balanço.

Do total dos acidentes registrados nesse feriado, 84 aconteceram em rodovias federais, com 76 feridos e sete óbitos. Em relação ao ano passado, quando foram registrados 113 casos, o número de acidentes diminuiu em 25%. Mas o número de feridos e de mortos apresentou um triste crescimento. Em 2003, 62 pessoas ficaram feridas e três perderam a vida nos acidentes. Dessa vez, 76 foram feridas e sete morreram. De acordo com a PRF, houve um crescimento de 22% no número de feridos e de 133% nos de óbitos.

Nas rodovias estaduais, os números são piores, com 50% de aumento no número de acidentes, 30% no de feridos e 111% no de mortes. Ao final da Operação Finados 2004, foram registrados 231 acidentes, com 194 feridos e 19 mortos. Bem superior ao do ano passado, que registrou 154 acidentes, com 149 feridos e nove falecimentos.

Para o sargento Dario Júnior, da PRE, um dos principais fatores que ocasionaram o aumento no número de mortes nas estradas é a falta de conscientização dos motoristas. Para ele, mesmo com o crescimento no número de acidentes, a Operação Finados teve bom desempenho. “Não tivemos problema de ordem técnica nem operacional. As tragédias aconteceram em pontos isolados das rodovias, e a imprudência ainda é um fator que alavanca essas estatísticas”, informou. De acordo com o sargento, esse é um problema verificado em todas as rodovias. “A população ainda não está consciente da educação no trânsito”, completou.

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