A prefeitura de Curitiba iniciou a distribuição dos carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) na semana passada e as primeiras reclamações já começam a aparecer. “Sempre tem alguém que se sente prejudicado e por isso estamos atendendo e explicando os critérios do reajuste para a população”, admite Aristides Veiga, consultor tributário da Prefeitura de Curitiba. Este ano o reajuste médio do IPTU foi de 6,3%, mas Veiga admite que algumas microrregiões tiveram um aumento maior, de até 15%. A alíquota continua a mesma, mas os valores foram revistos. Os engenheiros da prefeitura vistoriam a cidade em um recadastramento. “Obras da própria Prefeitura na região, benfeitorias do proprietário e mudança de estabelecimento residencial para comercial podem trazer aumentos maiores que os previstos”, diz.
Os engenheiros visitaram 550 mil imóveis as principais mudanças dizem respeito a mudanças no tamanho da área.
Aposentados
Neste ano aposentados e pensionistas de até 65 anos, proprietários de um único imóvel na cidade têm descontos no imposto que variam de acordo como o valor venal do imóvel. A Prefeitura oferece atendimento a quem tiver dúvidas ou reclamações sobre o valor cobrado no telefone (41) 350-8900.
O jornalista Nelson Comel levou um susto ao abrir sua fatura do IPTU. O valor cobrado subiu de R$1.023,00 para R$1.540,00 em um aumento de mais de 50%. Comel diz que arrumou o telhado da sua casa, mas que não houve nenhuma obra que possa explicar o valor do reajuste. “A Prefeitura não fez nada aqui. A calçada da frente da minha casa tive de fazer com meu dinheiro”, queixa-se. O carnê também diz que a área construída da casa de Comel tem 243 metros quadrados. “O carnê do ano passado dizia que minha casa tinha 176 metros quadrados. A casa continua a mesma. Como foi aumentar? Por mágica?” O Estado comunicou a situação à Prefeitura, que ficou de analisar o caso.