Depois do polêmico processo de licitação, que desagradou parte dos antigos quiosqueiros, os novos quiosques da orla marítima de Guaratuba começaram a operar na última semana.

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Os pontos foram inaugurados às pressas, já que os comerciantes queriam aproveitar a grande demanda durante o réveillon. Polêmica à parte, a nova estrutura dos estabelecimentos já está agradando tanto aos vencedores da licitação quanto aos consumidores.

De acordo com a prefeitura de Guaratuba, são 20 novos quiosques, divididos em dez pavimentos de 150 metros quadrados. Cada construção, que tem dois quiosques com 8,35 metros quadrados, foi estrategicamente distribuída a cada 250 metros ao longo da Praia Mansa. As estruturas têm espaços para cadeiras e mesas.

A licitação, já consolidada, prevê o usufruto de dez anos de concessão para os donos das propostas vencedoras, que variaram entre R$ 40 mil e R$ 300 mil. O planejamento das novas estruturas, segundo a prefeita Evani Cordeiro Justus, é uma determinação do Patrimônio da União no Paraná, à qual pertence a orla do município.

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A prefeita informou que tentou privilegiar os trabalhadores que já atuavam na orla, mas que, depois de várias reuniões com representantes da categoria e com a gerência do Patrimônio da União no Estado, concluiu que o melhor seria a licitação.

Todos os novos quiosqueiros são guaratubanos mesmo com o edital aberto para todo o País. Segundo Evani, dos antigos quiosqueiros que restaram, quase todos estão trabalhando, já que foi dada oportunidade de atuar na praia de Caieiras.

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Insatisfeito com o processo de licitação, o presidente da Associação dos Quiosqueiros de Guaratuba, Osório Soares, afirmou que os trabalhadores cogitaram pedir um mandado de segurança para garantir a continuidade do funcionamento dos antigos quiosques, porém, a incerteza de uma conquista definitiva desmotivou o pagamento de honorários com advogados.

“Acreditávamos que, com 22 anos de trabalho na praia, poderíamos ter algum benefício, mas as manifestações para sensibilizar a prefeita não surtiram efeito”, diz.

Aprovação

Para o quiosqueiro Iratan Cidral da Silveira, houve uma melhora nas condições de trabalho com as novas estruturas. “O freguês confia mais no serviço porque podemos preparar a comida na frente dele”, afirma.

A comerciante Nilsa Santos Borges preferiu investir no diferencial para conquistar a clientela. Segundo ela, o seu quiosque deve priorizar a venda de assados e água de coco.

“Investimos numa máquina para retirar água de coco, que, ao invés daqueles pontos que ficam rodeados de moscas, é mais higiênica e evita contaminação”, diz.

O marceneiro Celso Vechiatto, que mora em Arapongas e procura passar as férias todos os anos em Guaratuba, também aprovou os novos quiosques. “Ficou bem melhor do que as cabanas improvisadas, principalmente com relação à higiene”, afirma.