O centro de Londrina foi palco de mais um protesto de camelôs, na manhã de ontem. Assim como fizeram na última sexta-feira, os camelôs realizaram uma passeata da Rua Sergipe, onde existe uma série de estabelecimentos comerciais, até o calçadão central, onde está localizado o camelódromo da cidade. Dessa vez, eles não pediram o fechamento de lojas. Pelo contrário, passaram agradecendo os lojistas que fecharam suas portas como forma de apoio em manifestações realizadas nos últimos dias.
O protesto dos camelôs é contra a Operação Capitão Gancho 2, deflagrada pela Receita e pela Polícia Federal na última quinta-feira, tendo como resultado a apreensão de mercadorias presentes nos 316 boxes existentes no camelódromo. Desde então, este vem sendo mantido fechado. A expectativa é de que a reabertura aconteça amanhã.
?Vamos reabrir o camelódromo na segunda-feira mesmo que não tenhamos mercadorias para comercializar. Já estamos organizando as notas fiscais para tentar reaver nossos produtos. Queremos voltar a trabalhar o quanto antes?, disse o presidente da organização não-governamental Canaã, que é responsável pela administração do camelódromo, Rogério Gonsales.
Há dois dias, a Receita Federal de Londrina informou que já está se organizando para começar a receber os camelôs que queiram recuperar suas mercadorias a partir de amanhã. O trabalho deve durar dois meses, sendo que dez camelôs serão recebidos a cada dia. No total, foram apreendidos 2,5 mil volumes de mercadorias, retirados de dez caminhões-baú e avaliados em R$ 3 milhões.
