Usuários do transporte coletivo que residem na região do Tatuquara, na zona sul de Curitiba, poderão contar com uma nova linha-direta. Nas próximas semanas, técnicos da Urbanização de Curitiba S/A deverão iniciar um estudo para a implementação de um Ligeirinho, com uma estação-tubo como ponto final dentro do bairro. A nova linha sugerida por representantes de moradores da região poderia reduzir o tempo de viagem entre o Tatuquara e o centro da capital.
Na última semana, durante uma audiência pública realizada no bairro, os moradores entregaram ao prefeito Luciano Ducci um documento, com mais de 6 mil assinaturas, solicitando a implantação do ligeirinho e de um terminal de ônibus na região.
Segundo a presidente da Associação de Amigos e Moradores da Vila Palmeiras II, Maria do Rocio Antoniaconi, a população do bairro cresceu muito nos últimos três anos e o número de ônibus e linhas já não atende mais a demanda de passageiros.
Maria do Rocio ressalta que pelo menos sete loteamentos foram criados no período. “Há alguns anos os loteamentos praticamente não existiam. Somente no Moradias Monteiro Lobato, foram entregues, através de programas habitacionais, mais de 500 novas moradias”, diz.
O motorista de ônibus, Rogério Campos, que recolheu as assinaturas dos moradores para reivindicar o Ligeirinho, revela que há tempos a população pede uma linha-direta no Tatuquara.
Ele conta que hoje, para ir do Tatuquara ao centro da cidade, os usuários levam cerca de uma hora e 15 minutos. Isso porque é preciso ir até o terminal do Pinheirinho para fazer a conexão com outras linhas. “Um Ligeirinho que fosse direto do bairro para o centro faria o percurso em no máximo 45 minutos”, complementa.
Campos acredita que a implementação de um terminal no bairro poderia desafogar o terminal do Pinheirinho e possibilitar uma redistribuição das 13 linhas alimentadoras que atendem o Tatuquara. “O terminal também beneficiaria os passageiros da Região Metropolitana, que também precisam passar pelo Pinheirinho para ir a outras localidades”.
O gestor de Operação do Transporte Coletivo da Urbs, Luiz Filla, comenta que o prefeito entende que o bairro merece uma nova linha-direta e determinou que técnicos estudassem o itinerário da nova linha.
Segundo ele, não há prazo para a elaboração do projeto já que é preciso planejar alterações na estrutura viária do bairro, com a pavimentação definitiva e espaço físico para a estação-tubo.
“Somente após a implantação da linha-direta será avaliada a possibilidade da implementação de um terminal de ônibus na região. É preciso considerar que existem outras implicações, como o metrô que está previsto para a região sul”, diz.