Novo chefe da PRF em Foz convoca policiais de Brasília

O chefe interino da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Foz do Iguaçu, Marco Antônio Maia, que substituiu o exonerado Jair Vidal, prometeu intensificar o patrulhamento na fronteira e já começou o cumprimento da meta convocando a ajuda de policiais da Divisão de Combate ao Crime, que seguiram de Brasília para Foz. Foram destacados 25 policiais para reforçar o trabalho na fronteira.

A preocupação com a região fronteiriça não é novidade para Maia, que trabalhou na Operação Trânsito Livre, em dezembro de 2003. À época, foram detidos ou afastados 53 policiais que facilitavam o contrabando proveniente do Paraguai.

Como 31 policiais rodoviários voltaram a trabalhar recentemente, apesar de o processo administrativo contra eles ainda estar correndo, o chefe optou por promover um remanejamento, colocando-os em funções, administrativas, e  os que exerciam essa função na operacional (trabalho de rua). O trabalho de remanejamento deve levar alguns dias para ser concluído.

Ontem, o novo comandante inspecionou postos de fiscalização, acompanhado por seguranças que estão sempre por perto. No final da tarde, ele convocou uma reunião para detalhar como pretende comandar a delegacia de Foz do Iguaçu com todo o contingente, de 92 policiais. ?O nosso objetivo é fazer uma reestruturação administrativa?, disse Maia.

Trânsito Livre

A Operação Trânsito Livre, que aconteceu em 2003 e resultou na prisão dos 31 policiais da PRF de Foz, um policial federal e dez ?batedores?, foi o desfecho de uma investigação iniciada em outubro de 2002. Baseados em outros inquéritos e procedimentos da Polícia Federal, agentes da PF passaram a gravar fitas de vídeos com policiais rodoviários negociando com ?batedores?, responsáveis por repassar a propina que permitia a passagem dos ônibus sem vistoria. O processo consistia na definição do ?preço? das vistas grossas dos policiais. Em seguida, o batedor entregava o valor combinado e a placa do ônibus com o contrabando. Quando esse ônibus passava, não era parado, podendo seguir livremente com todo o contrabando – muitas vezes, drogas. As investigações foram auxiliadas por grampos telefônicos e durante a operação, foram apreendidos alguns livros-caixas. Nos postos de Santa Terezinha do Itaipu, a 25 quilômetros de Foz, foram apreendidos R$ 8 mil e no de Céu Azul, a 80 quilômetros de Foz, R$ 3 mil. Esse montante seria referente à propina paga pelos ?batedores?, que variava de R$ 300 a R$ 500 por ônibus.

Os policiais envolvidos não foram exonerados devido à continuidade do processo administrativo instaurado contra eles. Enquanto a Justiça não se pronuncia, eles permanecem vinculados à PRF de Foz.

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