Mais um caso de dengue confirmado em Londrina, região norte do Paraná. Desde o início do ano, no município, foram registrados 60 casos da doença, o último em julho. A volta da chuva e o aumento da temperatura contribuem para o reaparecimento de focos do mosquito Aedes aegypti. A Secretaria Municipal de Saúde está em alerta, intensificando o trabalho de orientação e prevenção de novos casos. As equipes de rua também retomaram com mais força as visitas a domicílio na busca de focos do inseto vetor da doença.
Segundo Sônia Fernandes, gerente de epidemiologia da secretaria, o paciente – um adulto de 28 anos, estudante e residente na região oeste da cidade – apresentou os sintomas básicos da dengue na primeira quinzena de setembro. ?O que nos chamou a atenção é que ele não teve febre, mas apresentou dor muscular, manchas vermelhas na pele, náusea e vômito. Esse novo caso, agora confirmado, coloca a secretaria em alerta. Estamos retomando mais cedo as ações já desenvolvidas no primeiro semestre deste ano, entre elas as discussões e orientações junto à comunidade e ao Comitê Municipal de Dengue?, afirma.
Ainda de acordo com a gerente de epidemiologia de Londrina, o número de 60 casos registrados da doença é alarmante se comparado com os números dos dois anos anteriores. Ela não descarta a possibilidade de nova epidemia. ?Em 2004, durante todo o ano, foram 15 casos e em 2005 apenas dez. Porém, em 2003, foram mais de sete mil casos da doença, registrados em Londrina. Essa sazonalidade faz parte da história natural da doença. Depois de uma grande epidemia, há um ou dois anos de quebra, e depois volta a subir, podendo haver nova epidemia?, explica Sônia.
Ela ainda afirma que foi feita uma busca na residência, no trabalho e no local de estudo dessa nova vítima da doença, mas não foram encontrados focos da doença. ?Pode não estar próximo da residência dele, mas em algum lugar que ele freqüentou há o foco?, alerta. A profissional explica que a chuva, já em época de calor, é fator que contribui para o aparecimento da doença. Afinal, focos de água parada são o habitat ideal para o mosquito. ?Por isso a máxima continua verdadeira: é preciso evitar a água parada, limpar todos os vasos, para evitar que o mosquito se desenvolva nesses locais. Essa é a melhor maneira de evitar a doença?, diz a gerente de epidemiologia.
