Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estão em Curitiba desde o começo da semana se reuniram ontem, novamente, com dirigentes da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Paraná (Incra-PR).

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Eles discutiram a questão dos cinco mil acampados do Estado que reivindicam assentamento. Os líderes do MST saíram satisfeitos da reunião, já que o Incra apresentou as áreas que estão em processo de negociação para viabilizar os assentamentos e também os entraves burocráticos para obtenção destas terras.

De acordo com o Incra, cerca de 20 imóveis no Paraná estão para serem ajuizados, avaliados ou desapropriados. O chefe substituto da Divisão de Obtenção de Terras do instituto, Geraldo Martins, explicou que cerca de 400 processos de obtenção tramitam no Paraná.

Porém, somente 80 deles estão com o encaminhamento adiantado. “Explicamos todo o fluxo processual que nos impede de dar encaminhamentos mais ágeis. Há fatos que fogem da nossa alçada, tanto do ponto de vista legal como operacional”, explicou Martins.

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“Do ponto de vista operacional, a reunião foi muito boa. Mas sabemos que tudo vai depender das negociações em Brasília”, disse um dos integrantes da coordenação estadual do MST, Diego Moraes.

O MST reconhece que não há garantias, uma vez que o orçamento da superintendência no Estado diminuiu cerca de 40% no último ano por conta do contingenciamento de R$ 711 milhões por parte do governo federal. O caso está sendo discutido em Brasília.

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