Nova galeria vai prevenir alagamentos

A implantação de uma galeria celular de 210 metros de extensão na Rua Capitão Domingos Castellano, no Conjunto Saturno, em Curitiba, deve resolver um dos pontos mais críticos de risco de alagamento da cidade. As obras devem ficar prontas no começo de março.

A galeria terá três metros de largura e dois de altura, garantindo a vazão da água do córrego, que faz parte da Bacia do Barigüi. O sistema atual – dois tubos de 1,5 metro cada – não é suficiente para dar vazão à água, especialmente em dias de chuva mais forte. Não apenas dentro dos tubos, mas também entre eles, num espaço de 25 centímetros, entulho, lixo, troncos de árvores e até móveis ficavam retidos e também comprometiam a vazão da água.

A galeria, feita pelo sistema construtivo, é formada por estacas que são fincadas no solo dos dois lados da área. As frestas entre as estacas são preenchidas e formam paredes laterais. Sobre as estacas são colocadas vigas de coroamento e, por último, pré-moldados de concreto que fecham a galeria, como uma tampa, formando um enorme retângulo de seis metros quadrados.

Quando toda a obra estiver concluída, além dos dois tubos de 1,5 metro de diâmetro cada, por onde podem passar até 15 metros cúbicos de água por segundo, a galeria celular, também receberá a água do córrego, que se junta às águas pluviais, num volume de até 30 metros cúbicos de água por segundo. Os tubos continuarão sendo utilizados junto com a galeria.

Com a conclusão das obras, a Secretaria de Governo poderá realizar os trabalhos de recuperação do pavimento, meio-fio e calçada. Depois, o jardinete da Rua Domingos Castellano, no cruzamento com a Rua José Rossetim, também será recomposto.

A obra vai melhorar a vida de quem mora na região. É o caso do técnico em telecomunicações Antônio Alcir da Silva Arruda, que não esquece o dia 21 de fevereiro de 1999, quando a água destruiu sua empresa e grande parte do patrimônio pessoal. O prejuízo chegou a R$ 20 mil em valores da época. "Toda a água do Córrego Mossunguê entrava em apenas duas manilhas, que não davam conta e o rio vinha por cima da rua. Nesse dia, meia hora depois do início da chuva, a água batia no meu peito", lembra Arruda.

Arruda mudou de casa, mas manteve no local a sua empresa de informática, instalou um portão de ferro com duas abas que pesam 300 quilos cada. Metade do muro de 2,3 metros de altura é de concreto. Juntos, eles formam uma barreira de contenção para dificultar a entrada da água da chuva. "Criei um mecanismo para ganhar tempo para que, quando chovesse, eu pudesse pelo menos tirar as minhas coisas antes de a água invadir o imóvel", conta.

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