A direção do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), em Curitiba, informou ontem que vai prorrogar por tempo indeterminado o funcionamento emergencial do pronto atendimento (PA) infantil.

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Na última segunda-feira, o HNSG havia informado que iria fechar o setor a partir do dia 31 de janeiro, em função da baixa demanda de pacientes. Em nota, o HNSG informou que voltou atrás na decisão “considerando a necessidade da população curitibana”.

O HNSG também informou que mantém o atendimento eletivo (consultas agendadas previamente) no Centro Médico do hospital, internações eletivas e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica.

Segundo o HNSG, a decisão havia sido tomada porque, após pesquisas, verificou-se que nem 10% dos atendimentos no PA eram emergenciais. Ninguém do hospital concedeu entrevistas e, segundo a assessoria de imprensa do local, a direção ainda vai discutir novas alternativas para resolver a otimização do serviço pediátrico no HNSG.

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O HNSG voltou atrás depois que a decisão do fechamento do PA infantil, anunciada na última segunda-feira, causou repercussão em outros locais. No Hospital Pequeno Príncipe (HPP), por exemplo, o diretor clínico Donizetti Giamberardino disse que o local teria um aumento na demanda de 15% a 20% com o fechamento do setor infantil do HNSG.

O fato agravaria ainda mais o atendimento no HPP, pois há cerca de nove meses, a demanda do local já tinha aumentado em 10% em função da restrição no atendimento no Hospital Santa Cruz, que passou a atender somente um determinado plano de saúde.

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Segundo Giamberardino, vários setores infantis de hospitais têm fechado nos últimos meses, por conta da falta de pediatras. O HNSG atende planos de saúde ou particular. Já o Pequeno Príncipe atende por meio dessas duas modalidades e também pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Todas as unidades de saúde de Curitiba também atendem crianças, mas as do Cajuru, Campo Comprido, Sítio Cercado, Albert Sabin (Fazendinha) possuem setores específicos infantis.