Nomeada nova diretora de educandário

O secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann, nomeou ontem a assistente social Laura Keiko Sakai como nova diretora da Unidade Social Oficial de Internação de Londrina (Usoil). Laura é especialista em adolescentes em conflito com a lei e já ocupou cargos de relevância no estado de São Paulo. Ainda, segundo o secretário, ele não foi comunicado oficialmente pela Justiça sobre a decisão de intervenção na unidade, ocorrida no mês passado. No entanto, a assistente social é a mesma pessoa indicada pela Justiça de Londrina como interventora da unidade.

Padre Roque afirma que tem convicção de que, com a nomeação da assistente social, os problemas atualmente verificados na Usoil serão rapidamente solucionados. Todas as providências para a recuperação da unidade, que incluem os reparos na estrutura física do prédio e a consolidação do novo projeto psico-pedagógico já estão sendo tomadas, de modo a permitir que, em breve, todas as áreas – estrutural, administrativa e pedagógica – do educandário possam funcionar de maneira harmônica.

Projeto pedagógico

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) deve entregar até o fim de novembro para o Conselho Estadual de Educação o novo Projeto Político Pedagógico do Educandário São Francisco. Em setembro, sete adolescentes internos da unidade foram assassinados por companheiros. Segundo o diretor-geral da Seed, Ricardo Bezerra, deve haver poucas mudanças em relação ao trabalho que já é realizado na unidade.

Bezerra explica que a educação formal é apenas um dos atendimentos feitos dentro do educandário e, como toda escola, precisa de um projeto político pedagógico. No local funciona a modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos) destinada a adolescentes com mais de 16 anos. No entanto, alguns adolescentes têm apenas 14 anos. “Queremos adequar a legislação à realidade do educandário”, comenta.

Na EJA, os jovens estudam por módulos e concluem uma matéria de cada vez. Uma das mudanças previstas é a certificação de conclusão de curso e também um documento que indique de onde o jovem deve continuar os estudos quando sai da unidade. “Antes ele precisava passar por um teste para ver de onde poderia continuar, o que acabava desestimulando os jovens”, explica Bezerra.

O novo projeto foi elaborado por professores da própria unidade e entregue ontem à Seed junto com o Ministério Público e integrantes da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa. Agora a secretaria fará uma análise das mudanças e depois encaminhará o projeto para o Conselho Estadual de Educação.

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