(AE) – Último lugar na lista de distorções salariais divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Paraná aparece com 9 servidores ou magistrados (0,13% do total) que receberiam além do teto fixado para o Poder Judiciário e, mesmo de forma extra-oficial, servidores de alto escalão garantem que não há benefícios estranhos aos subsídios normais, os chamados penduricalhos. ?Já chegaram a pedir certidão para saber se existia benefícios irregulares, mas isso nunca existiu?, disse um servidor que prefere o anonimato.
O único auxílio admitido é o funeral, que seria um direito de todos os servidores públicos, mas recebido uma vez apenas pelo dependente do segurado. O que alguns magistrados receberiam, mas também não seria de forma contínua, é uma ajuda para custear mudança de cidade, quando a serviço da Justiça. Segundo o servidor, esse benefício tem previsão legal.
Alguns servidores cogitaram que os salários acima de R$ 22.111,00, fixado como teto de desembargadores, podem estar relacionados com verbas de representação por exercer a função de presidente, por exemplo, ou por estar acumulando funções em outras áreas, como a Justiça Eleitoral. Na listagem apresentada pelo CNJ, apenas um caso é citado como irregular no Paraná. O Tribunal de Justiça pretende se pronunciar somente quando for notificado.
As informações não oficiais são de que os salários brutos dos desembargadores paranaenses giram em torno de R$ 21 mil, enquanto os juízes de primeira instância receberiam 70% desse valor.