No Paraná, D. Odilo sugere criação de comissões para debater células-tronco

O cardeal arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, defendeu nesta sexta-feira (7) em Toledo, no oeste do Paraná, a criação de comissões de bioética nas arquidioceses do Brasil para tratar das pesquisas com as células-tronco cuja autorização ou não de estudos tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Dom Odilo se manifestou contrário às pesquisas para tratamento de doenças graves.

"Este tipo de experimento é um desrespeito à vida humana. Por isso, precisa de uma reflexão sem paixão", defende o arcebispo. Segundo ele, a criação de comissões bioéticas pode ser uma forma de ampliar o debate em torno do assunto no Brasil. Dom Odilo pediu a intervenção do Estado para legislar sobre os embriões congelados. "Se nada for feito, a questão pode virar um caos, com o comércio de embriões".

O ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), D. Geraldo Majella Agnelo, outro líder da Igreja Católica que acompanha o arcebispo de São Paulo em Toledo, também condenou as pesquisas com células-tronco. "A vida humana não pode ser tratada apenas como um objeto", diz.

Dom Odilo recebeu hoje o título de cidadão honorário de Toledo, cidade onde viveu boa parte de sua vida. Nascido em Cerro Largo (RS), d. Odilo entrou para a vida religiosa com 12 anos, ao ingressar no seminário São José, de Toledo, em 1962. Foi ordenado padre dia 7 de dezembro de 1976. Amanhã ele visita Cascavel, também no oeste do Paraná, onde foi reitor do seminário São José na década de 80.

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