Fim da agonia

Nigerianos deixam navio e vão para hotel

Os nove nigerianos clandestinos que foram descobertos em um navio de bandeira turca chegaram em Paranaguá no início da tarde desta sexta-feira (30). Os responsáveis pelo navio explicaram aos nigerianos os procedimento a partir de agora. Assim que desembarcaram no Porto de Paranaguá, eles foram encaminhados para um hotel da cidade.

Durante a tarde de hoje, os clandestinos serão ouvidos pela juíza substituta Gabriela Hardt, da Justiça Federal em paranaguá, que concedeu um habeas corpus para os nigerianos. A ação foi movida pela Comissão Nacional de Direitos Humanos. Cada um deles será ouvido separadamente. Os depoimentos acontecerão no hotel onde estarão hospedados. Todas as despesas serão pagas pelo armador do navio, que também vai montar um esquema de segurança no local para evitar a fuga de algum nigeriano.

O navio, de bandeira turca, permanece atracado próximo a Ilha das Cobras, na Baía de Paranaguá. Os nove nigerianos foram descobertos durante a viagem pelo comandante do navio, que comunicou as autoridades brasileiras sobre os clandestinos. A Polícia Federal em Paranaguá não permitiu a entrada dos estrangeiros no País. Eles permaneceram desde o último dia 19 trancados no navio, em condições precárias. Entidades, entre elas a Comissão Nacional de Direitos Humanos, acompanharam a situação de perto.

Representantes de entidades da sociedade civil e a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos formularam um pedido formal para o Ministério da Justiça, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) analisem a situação dos nigerianos clandestinos. Foi solicitado asilo político para os nove, pois a região de onde eles vieram, no norte da Nigéria, está em conflito religioso.

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