Representantes de entidades de direitos humanos e do movimento negro do Paraná visitaram, nesta quarta-feira (28), os nove nigerianos que entraram clandestinamente no Brasil, pelo Porto de Paranaguá, em um navio de bandeira turca que está atracado próximo à Ilha das Cobras. Eles têm idade entre 19 a 25 anos e estavam desempregados na Nigéria. Sete não têm profissão, um é jogador de futebol e outro é professor de 1ª a 4ª série.

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Segundo a pesquisadora do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (Iddeha), Marcilene Garcia de Souza, os nigerianos estão presos e acorrentados em quatro contêineres que, segundo ela, têm pouco espaço e ventilação.

Marcilene relata que viu fezes dos nigerianos dentro dos contêineres e que eles urinam em garrafas de água. Dois dos nigerianos reclamaram de problemas no estômago e tiveram atendimento médico. “As condições em que eles estão são insalubres. É importante que as autoridades competentes resolvam o problema”, ressalta Marcilene.

Os representantes das entidades de direitos humanos e do movimento negro do Paraná tiveram como intérprete o nigeriano e presidente do movimento Afro Globo, Adebayo Majaro. Eles se reúnem com representantes do governo do Estado nesta quinta-feira (29) para discutir melhorias das condições das instalações dos nigerianos e a permanência deles no Brasil. Os nigerianos querem asilo político.

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