Negros e índios terão conselho na capital

As populações negra e indígena de Curitiba vão ganhar um conselho que terá como objetivo garantir os seus direitos. O Conselho Municipal de Política Étnico-Racial (Comper) será apresentado amanhã, às 19h, na Câmara Municipal. De autoria do vereador Reinhold Stephanes Júnior (PMDB), a entidade será um órgão normativo, consultivo, fiscalizador e deliberador.

O presidente do Instituto 21 de Março – Consciência Negra e Direitos Humanos, Ademilson Edson dos Santos, idealizador do conselho, disse que a entidade de Curitiba é diferente das existentes porque dá amparo também às comunidades indígenas. Ele destacou que a entidade pretende organizar um seminário no qual serão definidos os membros do conselho, bem como as metas de atuação nas áreas culturais, de segurança, educação e contra discriminação.

Um dos trabalhos que o conselho pretende desenvolver, diz Santos, é identificar quantos negros e índios vivem em Curitiba e Região Metropolitana.

Segundo ele, no último censo do IBGE, se declaram negros 15% da população na capital. Porém, ele acredita que esse número é maior, pois muitas pessoas não admitem sua condição. ?A discriminação contra o negro é tanta que muitos negam sua existência?, falou. O conselho também irá lutar para que a Lei Federal 10639/2003 seja aplicada nas escolas públicas e particulares de Curitiba. Essa lei estabelece o ensino sistemático de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica.

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