Sem acordo, a negociação salarial dos trabalhadores da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) vai para dissídio coletivo. Ontem, a empresa comunicou à diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindpd-PR) que não reabriria as negociações e deixou a decisão sobre o reajuste e o acordo coletivo para a Justiça Trabalhista.
O diretor do Sindpd-PR, Fábio Roberto Auache, informou que o pedido de dissídio coletivo será protocolado com a contraproposta aprovada pela categoria na assembleia da última sexta-feira e apresentada à Celepar. “Queremos a manutenção do acordo coletivo vigente até maio com a inclusão de uma única cláusula social, que é a obrigatoriedade de haver um processo administrativo disciplinar para dispensa de trabalhadores concursados, e a aplicação dos índices de correção inflacionários que a empresa já concordou”, detalhou. Pela proposta, os salários dos mais de 1,2 mil funcionários seriam reajustados em 8,01%.
Também na sexta-feira passada, a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Eliane Lucina, notificou a Celepar, recomendando a manutenção da licença remunerada dos quatro dirigentes sindicais vinculados à empresa, até que saia um novo acordo coletivo ou o dissídio aponte outro rumo. No dia 11 de junho, a empresa informou ao sindicato o cancelamento das liberações de dirigentes sindicais, exigiu o retorno à empresa e disse que considerava o trabalho desenvolvido no âmbito do sindicato como “licença não remunerada”.
Procurada pelo Paraná Online, a Celepar não se posicionou sobre o dissídio e a notificação do MPT até o fechamento desta edição.
