Vontade de doar

Negativa da família prejudica realização de transplante de órgãos

Entre 2011 e 2014, o Paraná aumentou o número de transplantes, passando do 10º para o 3º lugar entre os estados que mais realizam o procedimento no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. Foram 183 transplantes em 2010 e 458 no ano passado, 150% a mais.

O aumento se deve a ações como capacitação das equipes de procura de órgãos, ampliação de campanhas educativas e uso da frota aérea estadual para o transporte de órgãos e pacientes. Mas mesmo com a ampliação no número de transplantes, mais de 2.200 pacientes estão na fila de espera para receber um órgão no estado e a negativa familiar ainda é o principal motivo para a não doação.

Campanha

No Mês Mundial da Doação de Órgãos, comemorado em setembro, a Secretaria Estadual da Saúde e seus parceiros lançam a campanha “Doação de Órgãos – Fale sobre isso”. O objetivo é incentivar o cidadão a declarar para seus familiares e amigos a intenção de ser um doador. “A campanha vai estimular as pessoas a declararem a seus familiares e amigos a intenção de ser um doador, já que de acordo com as leis brasileiras, a posição da família sempre prevalece no final”, explicou secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.

A campanha divulga depoimentos de famílias doadoras e pessoas que passaram por um transplante. A divulgação também acontece pelo facebook, com a página “Fale sobre isso”.

Fila de espera

Para a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badock, a importância da campanha é referente ao fortalecimento das doações. “Somente assim conseguiremos mudar a cultura das pessoas para diminuir a quantidade de pacientes na fila de espera. Muitas famílias desconhecem que a pessoa que faleceu era um doador”, explicou. “Só iremos reverter esse quadro se todos falarem sobre o assunto”.

Para ser doador de órgãos é necessário que a pessoa comunique sobre sua decisão. São dois tipos de doadores: o doador falecido, quando a família autoriza a retirada de órgãos após a confirmação da morte encefálica; e o doador vivo, que concorda com a doação para familiares de um rim ou medula óssea e, ocasionalmente, de parte do fígado ou pulmão. A doação para não parentes depende de autorização judicial.

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