Cuidado

Natal é uma época atrativa também para os ladrões

A maior concentração de pessoas e a grande movimentação de dinheiro nesta época do ano gera aumento no número de crimes praticados, principalmente no centro da cidade. Na descrição do delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Delegacia de Furtos e Roubos, os ladrões ficam mais “assanhados” nessa época do ano, já que é quando o poder de compra aumenta consideravelmente.

“É a época em que os ladrões procuram roubar a maior quantidade possível, ao rondar pessoas que estão sacando dinheiro em agências bancárias ou caixas eletrônicos, que ostentam malas tipo 007 ou que estão desatentas com seus pertences. Aumenta muito a ação de cortadeiras (de bolsas) e punguistas”, afirma.

Discrição é uma das dicas fundamentais do presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp-PR), Jeferson Nazário. “As pessoas não devem sair de casa fantasiadas de ‘árvore de Natal’, pois chama atenção e fatalmente vira alvo para ataques. Infelizmente a segurança publica não consegue atender toda a demanda, pois toda a população sai às compras, o que torna a ação de criminosos é imperceptível e corriqueira”, diz.

Os riscos aumentam também para o comércio e para as indústrias, que têm mais produção e estoque de mercadorias. “Os comerciantes enfrentam pequenos furtos, o que leva a um aumento proporcional em torno de 10% na busca de profissionais de segurança para estabilizar o cenário sazonal”, analisa Nazário.

Aumento do efetivo

Luiz Carlos: “Mais assanhados”.

Em Curitiba, para reforçar o patrulhamento nos principais pontos do Centro, Polícia Militar (PM) e guarda municipal já estão na rua com operações especiais de fim de ano. Durante este mês, a guarda municipal realiza a Operação Natal Seguro, das 7h às 23h. São 50 guardas municipais a mais que vão reforçar o efetivo de 300 profissionais da Regional Matriz.

O reforço no patrulhamento da guarda acontece principalmente em praças e pontos turísticos da região central e nos parques da cidade, além do calçadão da Rua XV de Novembro.

Com a abertura do comércio à noite para aproveitar o movimento do Natal, a PM colocou às ruas cerca de 120 policiais além do efetivo existente. De acordo com a PM, os policiais deslocados para a Operação Verão, que acontece anualmente no litoral do Paraná, chegam de diversas localidades do Estado e o policiamento na capital não é prejudicado por isso.

No setor privado, a capacitação profissional aumenta pelo menos 10% no fim do ano. Segundo o Grupo Metropolitana Serviços, do qual faz parte a Cursos Profissionais de Segurança (CPS), as maiores empresas de segurança do Paraná aplicam a reciclagem aos vigilantes nessa época. Neste ano, o aumento na procura por esse tipo de serviço já é 24% maior que o mesmo período de 2007.

Quem sai de viagem também deve estar alerta

Aliocha Maurício
Jéferson: “Mais profissionais”.

O crescimento de 20% a 30% na procura por empresas de monitoramento é um dos reflexos da época de férias de fim de ano, que se prolonga até o Carnaval. Depois do Natal, o movimento na capital cai consideravelmente e, com as casas fechadas, os furtos e assaltos a residências tendem a aumentar.

A preocupação é a mesma em apartamentos ou condomínios fechados, que podem proporcionar um serviço mais “tranq&,uuml;ilo” aos ladrões. “Em condomínios e apartamentos, as ações de marginais são mais preparadas, agindo em mais de uma propriedade, gerando prejuízos maiores”, ressalta o presidente do Sindesp-PR, Jeferson Nazário.

De olho nesse mercado, as empresas de segurança oferecem um leque variado de proteção, que varia do perfil de consumidor que se preocupa com a segurança mas não quer gastar um grande valor com isso até aquele que procura os serviços mais sofisticados.

A necessidade de investir em segurança em conseqüência dos altos índices de criminalidade acarretou a disseminação dos serviços de segurança privada. “É raro ver policiamento ostensivo à noite, então as pessoas acabam tendo que partir para a segurança privada”, diz o encarregado de segurança patrimonial da empresa de segurança PoliService, Jorge Fernandes. De acordo com o profissional, os preços de aparelhos em segurança caíram bastante, principalmente os de sistemas de alarme.

Lâmpadas com fotocélula, de grande durabilidade, variam de R$ 20 a R$ 25. “É um investimento baixo para um retorno satisfatório, já que a luminosidade impede a aproximação de bandidos, que preferem muros altos e pouca luz para agir”, afirma Fernandes.

A redução no preço também aconteceu com sensores de movimento para disparar a sirene e até mesmo com equipamentos mais modernos, como instalação de câmeras, pela qual é o cliente pode visualizar a sua casa pela internet.

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