Solidariedade, compaixão e amor ao próximo. As ações que envolvem essas três palavras se sobressaem no Natal. Mas o que leva as pessoas a se interessarem em ajudar, apenas no Natal, aqueles que precisam durante o ano todo? Para o frei da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Alvadi Marmentini, o nascimento de Jesus é o responsável.
“O nascimento inspira a partilha e faz com que as pessoas sintam mais vontade de doar. Não tem sentido ter fé se a solidariedade não existir. O Natal é o momento certo para isso acontecer”, diz.
Para o padre Reginaldo Manzotti, o Natal é uma data especial. “Existe uma magia no Natal. E a magia é Jesus. Todos ganharam um grande presente. Deus se tornou um de nós através de um grande ato de solidariedade, ele abriu mão de tudo para se tornar um mortal”, reflete.
O problema da falta de ações solidárias no restante do ano é analisado por Marmentini. “Temos que, além de doar, prestar uma ajuda contínua ao próximo. Uma coisa é fazer para os pobres, outra é fazer com os pobres. É preciso estar humanamente presente, a carência não tem hora para chegar”, alerta.
O primeiro emprego é exemplo das ações que vão além das doações. “Acredito numa ajuda além da assistência como o voluntariado, a ajuda humana e o primeiro emprego. Não devemos apenas estender a mão, mas sim trazer a pessoa junto a nós. A própria oração já diz, “o pão nosso de cada dia”, “pai nosso que estais no céu”. Estamos todos juntos e não individualizados. O mundo não gira em torno de nós, hoje é o outro quem sofre, amanhã posso ser eu’, diz Manzotti.
Quando perguntado sobre a solidariedade dos paranaenses aos desabrigados em Santa Catarina, Marmentini diz que a preocupação das pessoas está realmente maior. “A campanha de doação para o estado vizinho superou todas as outras em questão de quantidade e de rapidez de arrecadação. Isso demonstra como todos estão sensibilizados com a partilha aos necessitados”, diz.
