Apesar de todos os avanços tecnológicos do mundo moderno, como a invenção da internet e, conseqüentemente, os correios eletrônicos ou e-mails, enviar cartas ainda é uma tradição. O carteiro, responsável pela correspondência, enfrenta diversas dificuldades como frio, chuva, sol e até cachorros. Eles não poupam esforços para levar as notícias aos seus destinatários e facilitar a comunicação entre pessoas.
Neste domingo, em comemoração ao dia do Carteiro, os Correios vão homenagear, no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas de Londrina, Celso Aparecido Machado, o escolhido como Carteiro Padrão da regional do Paraná, uma disputa entre 66 profissionais indicados.
Atualmente, no Estado do Paraná trabalham 2.932 carteiros. Desses, 86% são homens e 14% são mulheres. Segundo dados da assessoria de imprensa dos Correios, diariamente são distribuídos mais de 2 milhões de produtos no Estado, entre eles cartas, folhetos, malas, diretas e pequenas encomendas.
Para se tornar um carteiro, é preciso passar em concurso público. Depois é necessário uma sola de sapato resistente a longas caminhadas, pois em média os carteiros percorrem 8 quilômetros na área central e 20 km na área periférica. Entretanto, de 12 a 18 km, são percorridos de bicicleta e, quando o percurso é acima de 18 km, eles utilizam uma motocicleta.
Além disso, é necessário boa memória para decorar nomes de ruas e um ótimo preparo físico para carregar em média dez quilos de cartas por dia. Apesar das dificuldades, a maioria desses profissionais, no entanto, garante que a satisfação de ver o que uma carta proporciona compensa qualquer sacrifício.
Este é o caso de Adenilson Vitorino da Silva, 26 anos, que há dois anos trabalha como carteiro, e afirma não existir outra profissão tão gratificante do que levar informação para as pessoas. “Mesmo não sendo uma tarefa fácil, quando vejo um sorriso no rosto de alguma pessoa esqueço todas as dificuldades. É muito compensador, espero ter pernas para seguir nessa profissão até me aposentar”, conclui ele.
Exposição/história
Como parte da comemoração do Dia dos Carteiro, a Biblioteca Pública do Paraná está com a exposição “História do Correio”, no hall do 2.º andar. A mostra ficará em cartaz até o próximo dia 7.
A história conta que no Brasil, muitos anos após o descobrimento, ainda era muito difícil a distribuição de cartas devido a dificuldades como a floresta e os animais. Na época do Império, em 1842, foi inventado o primeiro selo adesivo do Brasil, o famoso “olho de boi”.
A partir de 1960 foram criados inúmeros serviços e parcerias que facilitaram a vida dos usuários. É importante relatar que no início da década de 70 eram postados 1,5 milhão de objetos por dia, enquanto hoje são aproximadamente 15 milhões/dia.
