Cerca de setecentos testes de DNA para investigação de paternidade deverão ser realizados no Paraná até o dia 28 de fevereiro de 2003, e outros 2.300 no restante do País. Pelo menos é essa a expectativa do geneticista Salmo Raskin, dono do Laboratório Genétika, em Curitiba, que há cerca de dez anos realiza exames de paternidade. Desde o fim de 2000, o médico participa do mutirão nacional, que tem o objetivo de desafogar o número de processos que tramitam nas Varas de Família. A terceira edição da campanha teve início na última sexta-feira e prossegue até fevereiro de 2003. Entre as vantagens de fazer o teste neste período é o preço, que cai de R$ 900,00 para R$ 450,00. O valor, no entanto, só é válido para quem tem processo tramitando na Justiça.

O geneticista conta que o número de exames durante o mutirão vem aumentando nos últimos anos. Em 2001, foram 1.500 exames em todo o Brasil e, em 2000, quando a campanha existia apenas no Paraná, foram quinhentos testes. “O alto custo é um problema importante, que às vezes impede que mais exames sejam feitos. Mas não é o único. O suposto pai também pode morar em outra cidade ou se negar a fazer o teste”, explica o médico. Em dez anos, o médico calcula que já realizou cerca de 20 mil testes. “Em 70% dos casos, o suposto pai é de fato o pai biológico”, afirma.

No Paraná, um laboratório de teste de paternidade foi inaugurado em abril deste ano, junto ao prédio do Instituto de Criminalística. O número de exames, no entanto, está bem aquém do necessário. “Acredito que seriam necessários quatrocentos a quinhentos testes por mês para suprir a demanda, mas não devem ser feitos mais que vinte ou trinta por mês”, aponta o médico.

Serviço – Informações sobre o mutirão nacional de testes de paternidade pelo telefone 0800-41-6838.

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