Para acabar com a idéia de que só quem polui o Rio Belém são moradores das favelas, foi realizado ontem o 5.º Mutirão Ambiental, no Centro de Curitiba. Quem passou pela Rua Mariano Torres com o cruzamento das ruas Amintas de Barros, XV de Novembro, Marechal Deodoro, Benjamin Constant, Comendador Macedo e Nilo Cairo recebeu folhetos educativos e mudas de árvores.
Faixas também foram colocadas nos semáforos por alunos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) para conscientizar a população sobre as conseqüências de jogar lixo na rua e sobre a ligação irregular de esgotos. ?O centro é a grande região responsável pela poluição do Belém. Qualquer ponta de cigarro ou papel de bala acaba em toneladas de conseqüências para o rio?, disse César Paes Leme, presidente da Associação dos Moradores e Amigos do São Lourenço.
Para a equipe da Comissão de Ação Viva Belém, outro objetivo é sensibilizar os administradores de prédios da área central. ?Eles podem pedir uma vistoria gratuita da Sanepar pelo telefone 115 e, em 15 minutos, descobrir como está o esgoto no local?, explicou Leme. Para ele, o custo de regularizar o esgoto não é tão alto e tem um resultado expressivo na limpeza do rio.
Durante o último mutirão ambiental do ano, também foram recolhidas assinaturas para o abaixo-assinado que pretende criar o Comitê da Bacia Hidrográfica do Belém. ?A idéia é institucionalizar a comissão para alcançar mais resultados?, informou Leme. Criada em 2005, a comissão envolve 70 entidades dos blocos universitário, municipal, estadual e terceiro setor. Neste ano, além do centro, o mutirão passou pelos bairros São Lourenço, Prado Velho, Uberaba e Boqueirão.
A revitalização do Rio Belém é a primeira causa do projeto ?Abrace esta causa?, do grupo Lumen, que pretende dar visibilidade à causa. Para o ano que vem, a intenção é expandir as atividades para outros rios e abordar o tema da reciclagem.