Se o corpo tem ritmo cardíaco e ritmo de respiração, por que não utilizar o ritmo da música para um tratamento clínico? Essa é uma das funções da musicoterapia, aplicada há pelo menos 25 anos no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba e em vários consultórios particulares. O tratamento alternativo facilita a comunicação, a relação, a aprendizagem e até a aceitação ao internamento e a medicação.
No HC, duas musicoterapeutas atendem no serviço de reabilitação do ambulatório, na neuropediatria, no ambulatório de Síndrome de Down e aos pacientes internados, inclusive nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), mediante pedidos de consulta.
“Pacientes que ficam muito tempo internados começam a apresentar depressão, o que dificulta o atendimento do corpo clínico. Nosso objetivo é ajudar no tratamento”, explica Rumi Osato Sato, musicoterapeuta do HC.
De acordo com ela, um dos setores que mais encaminha pacientes é a UTI pediátrica. “Entramos tanto na parte lúdica que o paciente não percebe que está em tratamento. É como se fosse uma brincadeira com instrumentos musicais, canto e expressão corporal”, conta.
Quando o paciente tem condições, participa da brincadeira, mas quando está em coma ou impossibilitado de interagir, recebe a musicoterapia de forma passiva. É feita uma entrevista com os familiares para conhecer a preferência musical que será utilizada a favor da recuperação dele.