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Aproximadamente 1.150 moedas que faziam parte de uma coleção do extinto Museu Banestado estão desaparecidas há mais de dois anos. Pelo menos é isso que alega o ex-auditor da instituição financeira, Carlos Zatti. Ele afirma que está lutando para recuperar todo o acervo que estava emprestado para uma exposição realizada na época em que a instituição ainda não tinha sido vendida.

A grande confusão surgiu quando o Banestado foi privatizado. Tudo o que pertencia ao banco estatal foi incorporado pelo Itaú, novo administrador do banco, inclusive o acervo doado ou emprestado para o Museu do Banestado. No entanto, destaca Zatti, nem o próprio Itaú sabe onde a coleção foi parar. Uma auditoria interna do banco esteve envolvida nesse caso, mas nenhuma resposta ainda foi divulgada.

Zatti explicou que herdou as moedas de seu pai em 1953 e, aos poucos, foi incorporando novos exemplares à coleção. Com um material numeroso, ele foi convidado à expor no Museu Banestado. Seria, segundo ele, um empréstimo provisório e, por isso, nenhum documento foi assinado. No entanto, isso acabou se tornando um empecilho e está dificultando a procura de toda a coleção. "Confiei na palavra do pessoal que administrava o local e me dei mal. Mesmo depois de muito tempo, ainda não consegui uma resposta", reclama. Ele também conta que durante a exposição de seu material, uma museóloga trabalhou no local, e pode confirmar todo o procedimento. O nome da profissional é Maria Lúcia.

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O proprietário da coleção informou que todas as moedas de sua coleção foram envernizadas e por isso se distinguem de outros modelos. Além disso, cada uma delas estava disposta em envelopes feitos à mão e assinados por ele mesmo. O ex-auditor do Banestado informou que entrou em contato com o Itaú e chegou a receber uma carta avisando que um levantamento estava sendo feito para detectar em que local se encontrava o material. Mas os responsáveis pelo departamento Itaú Cultural não enviaram novas respostas.

Museu

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A diretora do Museu Paranaense, Eliana Moro Réboli, informou que 2.500 peças que pertenciam ao Museu do Banestado estão no local e participaram de uma exposição recentemente. No entanto, nenhuma coleção relacionada a Carlos Zatti está presente. Eliana destacou que somente alguns itens (três placas de acrílico para mesa, dois carimbos do Banestado e edições da revista da Federação Nacional dos Bancos), pertencentes ao referido proprietário se encontram no local. "Nenhuma coleção de moedas expostas tem o nome de Carlos Zatti. São diversos doadores que contribuíram com a exposição. Se ele não tiver nenhum documento que comprove o empréstimo feito ao Museu do Banestado, fica complicado iniciar a procura", explicou. A Secretaria de Cultura apresenta a mesma posição. "São centenas de exemplares, de moedas estrangeiras a nacionais. Se uma pessoa que faz um empréstimo não toma as devidas providências para depois poder retirar o material, fica difícil de recuperar. Sem um documento não há nem como provar que ele realmente fez esse empréstimo", concluiu Eliana.