O Museu Paranaense, um dos maiores do Brasil, completou ontem 130 anos. O local conta e preserva o passado do Paraná, com mais de 300 mil peças em seu acervo. O museu foi o terceiro a ser criado no Brasil, em 1876, e seus idealizadores são Agostinho Ermilino de Leão e José Cândido Muricy, que pensaram em um espaço para preservar a história em 1874.
Anos depois o museu era inaugurado no Largo da Fonte, onde hoje é a Praça Zacarias. ?Foi um marco social na época. Começou como um museu mais de História Natural, de Ciência. O museu mudou um pouco a sua trajetória, mas continua resgatando a história do Paraná?, garante a diretora Eliana Moro Réboli. O prédio do museu também foi o local para um baile realizado em homenagem ao imperador Dom Pedro II, em 1880, quando fez uma visita ao Paraná.
O Museu Paranaense já mudou seis vezes. Atualmente ocupa o Palácio São Francisco, no Alto São Francisco. O prédio, de 1928, foi sede do governo estadual. Nos últimos anos, o museu recebeu os acervos artísticos do Banestado, do Museu Banestado e de David Carneiro. São dez mil peças somente neste último acervo. ?Muita coisa da nossa história poderia se perder. Cabe à nós preservar tudo isso?, acredita Eliana.
Um dos atrativos do Museu Paranaense é o Pavilhão da História do Paraná, que faz uma linha do tempo desde a pré-história – 8 mil anos atrás – até a vinda dos imigrantes para o Estado. São peças dispostas de uma forma que o visitante sinta que viajou pelo tempo. Neste pavilhão está uma das peças mais valiosas do museu: a imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, do século XVI.
Durante esta semana, haverá uma programação especial para a comemoração dos 130 anos do Museu Paranaense. Ontem foi realizada uma missa na Igreja do Rosário. Por ano, entre 50 e 60 mil pessoas visitam o Museu Paranaense, que fica aberto de terça à sexta-feira, entre as 9h30 e 17h30, e sábados e domingos entre às 11h e 15h. Mais informações no site www.museupr.gov.br ou (41) 3304-3300.
