A dengue, que assola o Paraná neste verão, pode ter feito mais uma vítima fatal. Uma mulher de 56 anos morreu na madrugada de ontem em Londrina, no norte do Estado. O exame sorológico que vai confirmar se a morte dela aconteceu em decorrência do desenvolvimento da dengue hemorrágica fica pronto amanhã. A doença é causada por vírus e é transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas são semelhantes aos da gripe e, se não detectada logo, a doença pode se agravar, levando à morte.
Segundo a gerente de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Londrina, Sônia Fernandes, parentes da vítima afirmaram que a morte foi provocada por dengue hemorrágica. ?Eles afirmaram que o caso já teria sido notificado em Maringá na semana passada?, disse Sônia, de modo que seria um caso importado.
A vítima se mudou neste final de semana para Londrina e no sábado procurou o Hospital Mater Dei, em razão das complicações da doença. O hospital efetuou o internamento da paciente, mas apesar dos cuidados, ela não resistiu.
Segundo o secretário da Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardin, a vítima não era paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), de modo que ela poderia estar fora das estatísticas de controle da doença feitas pela secretaria. ?O pessoal de Londrina não nos passou muitos detalhes. Vamos ter que esperar o resultado do exame para investigar o caso.?
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até agora em Maringá já foram registrados 263 casos – 11 importados. Em Londrina já foram registrados 71 casos, com 24 deles sendo importados. Em todo o Paraná, já são 2.020 casos registrados desde o início do ano e o sinal de alerta já foi ligado. A Sesa, em parceria com as secretarias municipais, intensificou o trabalho de conscientização da população.
A orientação é de que as pessoas evitem deixar água parada, especialmente nos pratos de vasos de plantas, já que é nesse ambiente que o mosquito costuma colocar as larvas. Em outra frente, caminhões com inseticidas, popularmente conhecidos como fumacês, soltam o produto no ar e larvicidas estão sendo colocados em bueiros, especialmente nos municípios atendidos pelas 11.ª, 15.ª e 20.ª regionais.