Uma mulher deu à luz, na manhã de ontem, na sede da 5.ª Companhia do 12.º Batalhão da Polícia Militar, que fica na Praça Afonso Botelho, a Praça do Atlético, no Rebouças, em Curitiba. O soldado Walter Sandro Recanello Júnior ajudou no parto e evitou que o bebê, uma menina, se sufocasse com o cordão umbilical.
Grávida de 38 semanas, Franciele Pires, 22 anos, estava em trabalho de parto deitada no colo do marido no banco de trás do Voyage, conduzido pelo avô do bebê.
Com o congestionamento intenso na Rua Brigadeiro Franco, a família, que saiu do Parolin, percebeu que não chegaria a tempo no Hospital e Maternidade Victor Ferreira do Amaral, na Avenida Iguaçu. O condutor estacionou o veículo no pátio da companhia e pediu ajuda aos policiais.
O soldado Recanello conta que a mulher estava numa posição desconfortável. Quando o bebê nasceu, o cordão umbilical ficou enroscado no pescoço da criança, o que dificultava sua respiração.
“Eu ajudei a colocar a recém-nascida numa posição mais cômoda no colo da mãe até que a ambulância do Samu chegasse”, contou o policial. “Ela estava sufocada, com o rosto roxo, cianótica”, lembrou.
Inesperadamente, um carro da Ecco-Salva trafegava pela rua e o policial foi pedir ajuda ao médico, que cortou o cordão umbilical. O nascimento foi registrado por uma enfermeira que passava pelo local e filmou o parto com uma câmera digital.
Mãe e bebê, que recebeu o nome de Sara Gabriele, foram encaminhadas à maternidade e passam bem. Na tarde de ontem, o soldado foi até o hospital onde reencontrou as duas.
Emoção
Em seus 19 anos de profissão, Recanello contou que esta foi uma experiência inusitada e um sonho realizado. “Eu assisti ao parto dos meus dois filhos que hoje estão com 8 e 14 anos. Eu sempre quis ter uma filha e participar de um parto”, contou, satisfeito.