A psicóloga Vera Miranda trabalha com questões adotivas e é uma das autoras de um artigo publicado pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP-PR) sobre as “Novas Configurações Familiares e a Adoção por Homoafetivos”, onde diz que um ambiente familiar com um pai e uma mãe da forma tradicional, não garante necessariamente que o adotado tenha uma vida adulta psicologicamente estável, e da mesma forma acontece quando os pais são do mesmo sexo. De acordo com o artigo, o objetivo principal da adoção é antes de tudo conseguir uma família para a criança, independente se os pais são hetero ou homoafetivos.
Segundo Miranda, a mudança dos padrões antigos é uma realidade, o conceito de família com pai, mãe e irmãos já vem se modificando e hoje é cada vez mais frequente casais separados, mães solteiras, filhos adotados por uma pessoa só. “A sociedade está aprendendo a lidar com o novo e aceitar as diferenças”, afirmou. Segundo ela, o mais importante no caso de uma adoção por casais homoafetivos é o diálogo permanente. “A questão é ter sempre muito cuidado com as mentiras. Quando você lida com a verdade fica mais fácil haver um respeito e uma aceitação”, explicou.