A situação continua crítica para a Santa Casa Monsenhor Guilherme, em Foz do Iguaçu. Sem médicos no corpo clínico, com 70% dos funcionários ainda em greve e uma dívida passiva de R$ 16 milhões, apenas cinco pacientes continuam internados. Eles estão sendo atendidos por médicos de boa vontade. Vendo que as atividades comuns do hospital estão um pouco desestabilizadas, o jeito é recorrer a outro ramo: o comércio. Após receber uma doação de R$ 325 mil em produtos apreendidos pela Receita Federal, funcionários da Santa Casa estão vendendo como podem para conseguir receber o que falta dos salários de outubro, novembro e o décimo-terceiro.

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Onde antes funcionava o antigo Banco de Leite de Foz do Iguaçu, dentro do hospital, hoje está montado um bazar. Os funcionários vendem desde produtos eletrônicos, pneus e brinquedos até diversas bugigangas, como chaveiros e isqueiros. ?A quantia em produtos doadas pela Receita Federal seria suficiente para efetuar os pagamentos atrasados: doze por cento do salário de outubro, vinte por cento de novembro e o décimo-terceiro?, explica Raúl Luiz Corrêa, membro da comissão de transição que administra atualmente o hospital.

Segundo Corrêa, as vendas vão bem, mas como em qualquer comércio, há os imprevistos. ?Recebemos dois oficiais de justiça do trabalho com o pedido de penhora de cinqüenta mil reais dos produtos. Essa quantia seria para pagar quatro funcionários que entraram na Justiça. A venda está dando certo. O problema que quebrou um pouco as nossas pernas foi essa penhora?, desabafa. Corrêa afirma que somente R$ 275 mil talvez não sejam suficientes para acertar todos os atrasados.

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