Se na terça-feira o dia foi bem agitado para os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), com reuniões em vários órgãos, ontem, feriado da Proclamação da República, o dia foi mais tranqüilo. Eles passaram a manhã numa audiência com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba, e à tarde ficaram dentro das barracas estudando propostas para apresentar no quinto congresso nacional do movimento, a ser realizado em maio de 2007, em Brasília. Desde segunda-feira, eles estão acampados em frente ao Incra pedindo mais agilidade na Reforma Agrária, e mais investimentos para os assentamentos que já existem.
Nem parecia que os 600 trabalhadores rurais estavam ocupando toda a quadra da Dr. Faivre, entre as avenidas Visconde de Guarapuava e Sete de Setembro. A rua estava bem silenciosa, como num feriado normal na capital. Pela manhã, parte dos trabalhadores continuou a audiência – que começou na terça-feira – para tratar da situação jurídica das áreas a serem desapropriadas e dos assentamentos com o Incra e, durante a tarde, ficaram estudando as propostas. Enquanto isto, o comando do movimento se reuniu para avaliar os resultados dos encontros realizados até agora e planejar as próximas atividades.
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| Pouca movimentação ontem. |
Hoje, os trabalhadores rurais têm uma audiência marcada no Tribunal de Contas do Estado, para pedir a liberação de convênios que foram bloqueados, e uma audiência no Instituto de Terras e Cartografia do Paraná (ITC). Amanhã, a direção nacional do Incra deve vir a Curitiba para conversar com os trabalhadores, pois boa parte das suas reivindicações é nacional.
Entre elas, o assentamento de oito mil famílias que estão acampadas no Paraná. Este ano foram assentadas 616 famílias, número que ficou bem abaixo da meta para 2006 que era de 2.720. Segundo o órgão, isso ocorreu porque o orçamento deste ano só foi aprovado em maio e um mês depois os servidores federais entraram em greve, atrapalhando todo o processo.
