Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam ontem o prédio da Prefeitura de Jardim Alegre, região central do Estado. A intenção era cobrar da atual gestão melhorias para os assentados da região. De acordo com o grupo, cerca de mil trabalhadores tomaram a frente do paço por volta das 8h30. Eles permaneceram no local, à espera de uma resposta do prefeito Mauro Oriani (PT), até o final da tarde.
O que as 562 famílias do assentamento 8 de Abril cobram do governo municipal é, segundo o MST, ?a melhoria nas principais estradas de acesso; a reforma das duas escolas do assentamento, Escola Municipal José Clarimundo Filho e Escola Estadual José Marti; e a expansão dos atendimentos médicos disponíveis para a área.?
Os manifestantes alegam que as estradas de acesso por onde passam os cerca de 600 alunos a caminho das escolas – e também por onde a produção local é escoada – estão em condições precárias e quase que impossíveis de trafegar. Sobre a situação das escolas, eles afirmam que, se forem adequadas, os alunos não precisariam se deslocar para a cidade para estudar. Em relação aos atendimentos médicos, eles explicam que acontecem, no assentamento, apenas três vezes por semana e, em cada dia, o número fixo de consultas não passa de 12. Esse serviço, segundo eles, seria insuficiente.
O prefeito de Jardim Alegre, Mauro Oriani, admite que a estrada principal, de 176 quilômetros, que leva ao assentamento, está em condições críticas. No entanto, ele afirma que aguarda do governo do Estado a liberação dos maquinários para poder melhorar a via. Quanto à reforma nas escolas, Oriani diz que a resposta, que também ainda não veio, deve vir do Insituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar). Por fim, sobre o atendimento de saúde, ele afirma que são disponibilizadas equipes do Programa Saúde da Família (PSF) que atuam na área. O prefeito ainda comenta que esses profissionais ?vão todos os dias e que o atendimento é feito normalmente?.
Essas são as ?respostas? que o prefeito repassaria aos manifestantes, para que liberassem o prédio. ?Estamos correndo atrás?, afirma.