Aproximadamente 450 manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná ocuparam, na manhã desta terça-feira (11), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da delegacia regional do Ministério da Fazenda. O trânsito flui normalmente nas proximidades dos locais ocupados.
Eles se reúnem, ainda hoje, com representantes do Incra e da superintendência do Ministério da Fazenda para apresentar a pauta nacional de reivindicações. O MST quer o assentamento imediato de 90 mil acampados, o descontingenciamento do orçamento para a reforma agrária e um plano de aplicação desse dinheiro até o fim do ano.
Os manifestantes garantem que a desocupação não tem hora prevista para terminar. “A ocupação dos prédio é para endossar as reivindicações do movimento. A desocupação depende do resultado das negociações em Brasília”, afirma o coordenador do MST no Paraná, José Damasceno. Ele diz que a situação é tranquila nos dois prédios ocupados.
Em Brasília, cerca de 3.000 manifestantes MST de 24 Estados ocuparam hoje o saguão principal do Ministério da Fazenda. Eles querem ser recebidos pelo ministro da pasta, Guido Mantega, e também pedem a criação de uma comissão formada pelos ministros Mantega e Guilherme Cassel (Reforma Agrária), além de um representante da Casa Civil e dos sem-terra.
O coordenador nacional do MST, Vanderlei Martini, disse que Mantega “infelizmente defende uma política econômica que privilegia o agronegócio em detrimento dos trabalhadores rurais”.
Martini declara, ainda, que considera o governo Luiz Inácio Lula da Silva uma decepção para a reforma agrária. E como o segundo mandato do presidente está acabando, o movimento não quer ele que termine sem a distribuição de terras no País.
Mais informações na edição desta quarta-feira dos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná.