Esta semana cerca de 500 trabalhadoras rurais ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão reunidas em Arapongas, no assentamento Dorcelina Falador, região norte do Estado, discutindo a reforma agrária, o agronegócio, a agroecologia e a soberania alimentar. O encontro marca a passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã.
A militante Maria Salete Back diz que as mulheres se reuniram para estudar a situação da agricultura brasileira. Ela explica que o agronegócio praticado por multinacionais usa tecnologias avançadas, visando apenas o lucro sem se importar com a saúde das pessoas e com o meio ambiente. As agricultoras defendem a soberania alimentar, que entre outras coisas, pregam a produção de vários tipos de alimentos e não apenas o que possui melhor valor de mercado. Além disso, falam sobre a necessidade de implantar uma produção saudável, sem o uso de agrotóxicos. Pregam a cooperação entre os trabalhadores e o resgate do conhecimentos de técnicas agrícolas, bem como o estudo de novas tecnologias saudáveis. Também discutem formas para que estes alimentos cheguem à mesa de todos os trabalhadores, tanto os do campo quanto os de áreas urbanas.
O encontro termina amanhã. Estão previstas a apresentação de atividades culturais e o lançamento do livro Reflexos da Terra, com poesias compostas por camponeses do MST.