Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocuparam ontem a frente das Prefeituras de Pitanga e Cândido de Abreu (ambas na região central). Eles estavam acampados nas duas praças desde a última segunda-feira, para reivindicar melhorias de infra-estrutura nos assentamentos da região e pedir agilidade nos processos encaminhados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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Os cerca de 250 integrantes que ocupavam o centro de Pitanga levantaram acampamento pela manhã. Na última quarta-feira, representantes do MST se reuniram com o superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda, e foram informados que o órgão está encaminhando os pedidos, mas a greve dos servidores está atrapalhando os trabalhos. Os sem terra conseguiram que a Prefeitura cedesse máquinas para arrumar estradas rurais.

Em Cândido de Abreu, a reunião foi ontem à tarde e, segundo o coordenador local do MST, Aldecir de Lima, os trabalhadores rurais voltariam ontem à noite para os assentamentos. ?Não tivemos grandes respostas na reunião. O Incra nos trouxe mais informações do que resultados por causa da greve. Mas conseguimos encaminhar alguns projetos?, contou Lima.

Denúncia

Representantes do MST e da Comissão Pastoral da Terra denunciaram ontem ao Ministério Público Estadual (MPE) formação de milícias armadas no campo compostas por policiais militares (PMs) em Jacarezinho (Norte Pioneiro). Eles alegaram que sem terra de um assentamento da região estão sendo ameaçados por esses policiais.

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As duas entidades já haviam encaminhado a mesma denúncia à Secretaria de Estado da Segurança Pública e à Ouvidoria Agrária Nacional. As ameaças estariam acontecendo em um acampamento nas margens de uma estrada rural, em frente à Fazenda Itapema. O comandante da PM no interior, coronel Celso José Mello, afirmou que o setor de inteligência já está investigando o caso e que não há comprovação de milícias na região.